Corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado homenageiam Villa-Lobos em espetáculo no Palácio das Artes - Belo Horizonte/MG
A Cia de Dança Palácio das Artes, Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais são os três corpos artísticos mantidos pela Fundação Clóvis Salgado que juntos vão prestar homenagem ao cinquentenário de morte do célebre compositor brasileiro, Heitor Villa-Lobos. A apresentação especial será nos dias 21, 22, 23 e 24 de maio, no Grande Teatro do Palácio das Artes. Às 20h30 na quinta, sexta e sábado e às 19h no domingo. Direção geral e cenografia Ione Medeiros, coreografia Jomar Mesquita e regência de Charles Roussin.
Para fazer uma homenagem digna e sincera a um brasileiro nascido no Rio de Janeiro e que sozinho, aprendeu violão na adolescência, em meio às rodas de choro cariocas, os três corpos artísticos apresentarão o espetáculo Villa-Lobos: Choros. A dança será acompanhada por vozes e instrumentos de uma das séries mais importantes de Villa-Lobos, os Choros, escritos na década de 1920 a 1930. O compositor fez 16 choros para as mais variadas formações: piano ou guitarra solista, conjunto de câmara, voz e orquestra, coros, grande orquestra.
Villa-Lobos foi considerado um compositor único por unir músicas com sons naturais. O artista utilizava sons da mata, de eventos indígenas, africanos, cantigas, choros, sambas e outros gêneros muito utilizados no Brasil. A preocupação era sempre fundir suas obras com aspectos da música realizada no país.
A diretora do espetáculo Ione Medeiros fala da obra que escolheram para homenagear o cinquentenário do compositor Heitor Villa-Lobos. “Os Choros de Villa-Lobos nos remetem ao modernismo dos anos 20, movimento que se propunha a repensar a nossa cultura, resgatar nossas tradições, costumes e etnias, tendo em vista a construção de uma identidade brasileira. Dentro desta proposta, presente na literatura, nas artes plásticas, na música, nos manifestos de artistas e intelectuais, elaborava-se a seguinte questão: que cara tem o Brasil? Retomando esta perspectiva, queremos esboçar cenicamente um caleidoscópio telúrico feito de sons, cores e imagens, reavivando ícones e traços de nossa memória afetiva e comemoramos a exuberância criativa de nosso povo”. O espetáculo é dedicado ao grande músico Sebastião Viana.
Obras Pierrô, Índia Carajá e Cavalo Marinho, de Cândido Portinari: algumas das obras modernistas que inspiraram o espetáculo
Nenhum comentário:
Postar um comentário